Galera de Cristo 06- Deus, Nosso Castelo Forte


"Eu lhes disse essas coisas para que em  mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo. João 16.33


Hora da Verdade: Tiago 5.7-11; Romanos 8.28; II Coríntios 4.17,18


PAPO SÉRIO

QUANDO A TRIBULAÇÃO VIER, CONFIE EM DEUS

A palavra tribulação significa originalmente aflição, sofrimento, provação moral e adversidade. Também denota contrariedade, amargura e tormento. Entretanto, podemos extrair lições preciosas da tribulação como vemos em Romanos 5.1-5; Salmos 119.67,71  e Isaías 38.17.

A lição da paciência. Acerca da tribulação do crente, a Bíblia nos diz que uma vez justificados "temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo". Justificação, paz, acesso à graça de Deus são direitos dos salvos em Cristo Jesus. Apesar de "nos gloriarmos na esperança da glória de Deus", as Escrituras nos ensinam que também devemos nos gloriar nas provações, "sabendo que a tribulação produz paciência". Paciência é a virtude que consiste em suportar as dores, os incômodos e infortúnios sem queixas e com resignação. Apesar de a lição da paciência ser muito difícil, precisamos aprendê-la começando com o dever de casa; depois temos de praticá-la na igreja local; no relacionamento com os os irmãos; e até com os nossos desafetos (Rm 12.12b).


Podemos ver na Bíblia muitos exemplos de pessoas cuja paciência foi característica de sua caminhada com Deus. Tiago nos aponta aos profetas: “Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor”(Tiago 5:10). Ele também se refere a Jó, cuja perseverança foi recompensada: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tiago 5:11). Abraão também foi paciente: “E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa” (Hebreus 6:15). Assim como Jesus é o nosso modelo em todas as coisas, Ele demonstrou ser o modelo perfeito com sua perseverança paciente: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).



A lição da experiência. Nos aperfeiçoamento da vida cristã, a segunda lição que precisamos aprender na escola da tribulação é da experiência. Esta consiste na vivência, na prática dos princípios cristãos, na aquisição de conhecimentos e habilidades necessários a uma vida vitoriosa e relevante. Esta lição tem como pré requisito a anterior: a paciência. Isso porque a experiência não se obtém na hora da conversão. A experiência cristã demanda tempo, dias, meses e anos na presença de Deus adorando-o e servindo-o. no convívio da igreja, dando testemunho perante o mundo, sendo "sal da terra" e "luz do mundo"(Mt 5.13-16). Há crentes que não passam na prova da experiência porque quando novos convertidos, são induzidos a "queimar etapas" suprimido lições importantes. Recebem cargos ministeriais e consultam "profetas" sem a devida base bíblica. É preciso aprender a lição da paciência para aprender as lições da experiência. Quem exercita a paciência pode dizer: "Até aqui nos ajudou o Senhor" (I Sm 7.12); ou como Davi: "Esperei com paciência no Senhor,e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor" (Sl 40.1). 

A lição da esperança. A terceira lição é a da esperança. Esta é a atitude de aguardar algo que se deseja: é sinônimo de confiança e fé. Na vida cristã, é a espera confiante de que Deus cumpre suas promessas em nossa vida; de que a vida cristã não e apenas uma filosofia, mas um relacionamento com o Deus verdadeiro que vela pela sua palavra para a cumprir (Jr.1.12). É a espera consciente de que o Todo-Poderoso não falha (Is 43.13) e concede o que deseja o nosso coração (Sl 37.5). O crente fiel não se desespera. Nos momentos de angústia, luta, dor e tribulação o crente jamais pode perder a esperança. Ela é um componente essencial da fé. Diz-nos a Palavra de Deus: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem" (Hb 11.1). Sem fé, não há esperança; sem esperança não há fé. Jó foi um exemplo de como um servo de Deus pode ser vitorioso nas tribulações. O patriarca perdeu em um só dia os filhos e toda a sua riqueza; diante de toda essa adversidade, lançou-se em terra  e adorou (Jó 1.20); depois da permissão divina foi atingido por uma doença maligna e, mesmo desprezado pela esposa, não perdeu a fé, glorificou a Deus.

O exame da suficiência, o teste de maturidade cristã. Após passar por três lições, a próxima etapa na escola de Jesus é a avaliação. Todo crente tem de ser avaliado. Veja o que diz o apóstolo Paulo: "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5.5). O crente fiel, que é bom aluno de Cristo, é livre de confusão. Nele, predominam da parte de Deus a certeza, a clareza e a confiança. Há muitos crente imaturos em nossas igrejas. Eles ainda não cresceram espiritualmente. Será falta de autêntico ensino? O crente maduro, experimentado e aprovado no teste da tribulação, não desanima facilmente nem se irrita por qualquer motivo; não se constrange à toa; não vive pensando em deixar sua congregação (Hb 10.25) e, muito menos, a Igreja de Cristo. Caia quem cair, ele permanece firme. Outro resultado do exame, é o amor de Deus no coração. Este é o teste final. O amor é a marca do crente aprovado por Jesus (Jo 13.34,35).

NADA NOS SEPARA DO AMOR DE CRISTO


O selo do verdadeiro cristão não é a denominação à qual pertence nem o cargo que ocupa, nem seu prestígio, nem o tempo que tem de crente. É o amor de Cristo que faz a diferença (Jo 13.34,35). Este amor no coração é a prova de que o crente, de fato, teve um encontro pessoal com Jesus; é nascido de novo, lavado e remido pelo sangue de Cristo, tem seu nome escrito no Livro da Vida, e espera a vinda de Jesus para hoje. Nesse bem aventurado contexto, a Bíblia nos diz: "somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou".
Me veio á mente um testemunho que eu ouvi certa vez de uma fervorosa serva de Cristo que enfrentou uma árdua batalha contra um câncer. E venceu. Ela contou como enfrentou todo o tratamento, quimioterapia, radioterapia, os desconfortos; cirurgias, a queda de todo os seu cabelo e tudo o mais. Ela disse considerar a sua recuperação e cura um milagre. Mas como assim um milagre se Deus não a curou de imediato, mas permitiu que ela atravessasse todo esse doloroso processo? À medida que ela contava sobre o modo como Deus esteve presente com ela em todo o tempo dando força e coragem para lutar contra a doença, me fez pensar no que Paulo queria dizer quando escreveu: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito:Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor". (Rm 8.35-39). A tribulação tem a função de nos tornar totalmente dependentes de Deus.

As lutas e tribulações fazem parte da vida de modo tão evidente quanto as bênçãos advindas de Deus. Em seu ensino realista, Jesus disse que no mundo teremos aflições, mas que devemos ter bom ânimo, pois Ele venceu o mundo. As tribulações são uma escola de aperfeiçoamento do caráter cristão.

LEIA MAIS:

O que a Bíblia diz sobre paciência?

http://www.gotquestions.org/Portugues/paciencia-Biblia.html


FONTES DE PESQUISA

Revista Lições Bíblicas - Ed. CPD - 3 º trimestre de 2003


IMAGENS ILUSTRATIVAS

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