Lição 13 - O Futuro da Criação


"E vi um novo Céu e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (Apocalipse 21.1a)

Texto Bíblico Básico: Isaías 66.17-25

OS PACTOS DE DEUS E A CRIAÇÃO

Deus criou a Terra perfeita. Seus planos revelavam um projeto e um planeta maravilhoso, onde reinasse a justiça. Nele habitariam homens santos, os quais Jesus nomeou como “os filhos do reino” Mateus 13:38. O escritor de Gênesis disse-nos que tudo que Deus ia criando dia a dia era bom e finalmente, no sexto dia, com a conclusão da criação, afirmou: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...” Gênesis 1:31. Com a entrada do pecado no mundo, a Terra aos poucos foi se degenerando, passando do estado edênico e paradisíaco a uma situação que tende a piorar cada vez mais. Vejamos como o profeta Isaías viu a Terra posteriormente: “Na verdade a terra está contaminada por causa de seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra; e os que habitam nela serão desolados; por isso serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.” Isaías 24:5-6. Estaria havendo coerência da parte do Senhor, depois de construir um maravilhoso planeta como a Terra, de povoá-lo com homens e com animais e de planejar um Reino para o Seu louvor e então vir para destruir tudo? Alguém, no entanto, tinha e tem tal interesse, o diabo: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” João 8:44. “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a DESTRUIR; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” João 10:10. O plano de Deus não é acabar com a obra de Sua criação. Satanás certamente presumiu que, enchendo a Terra de pecado, faria com que se ascendesse a ira divina e o Senhor acabaria por dar fim a tudo o que planejara e fizera.  Na verdade, a expansão do pecado e da violência provocou a ira do Senhor, todavia, na primeira e grande catástrofe, o dilúvio, Deus sabiamente preservou Sua obra da criação, por meio da arca. Ali estavam protegidos e preservados homens e animais, garantindo sua continuidade no planeta Terra. O verdadeiro objetivo de Deus sempre foi e será de preservar e não destruir: “A Tua justiça, é como as grandes montanhas; os Teus juízos como um grande abismo. Senhor, Tu conservas os homens e os animais.” Salmos 36:6.

O que estabelecia o pacto firmado pelo Eterno com Noé?

Vendo que o planeta Terra não foi totalmente destruído pelas águas do dilúvio, Satanás sentiu-se frustrado. Ele saiu perdedor. Deus deu provas que ama a Sua criação. Ele não extinguiu as espécies tanto a humana e como a animal, mas deu início a uma nova era. Satanás, no entanto, ainda permaneceu na Terra e novamente o pecado ganhou espaço. Sabendo disto, Deus teve que estabelecer um pacto com Noé e com todo o ser vivente: - não mais ferir a todo o mortal como havia feito: “E o Senhor cheirou o cheiro suave e disse em Seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente como fiz.” Gênesis 8:21. Ora, se fosse plano de Deus naquela época ou no futuro, destruir toda a obra que criara, Deus o teria feito. Mas pelo teor do pacto, o qual assegura a continuidade da criação na Terra por tempo indefinido, vemos que Deus não pretende pôr um fim ao que criou.  A ordem dada no Éden era de frutificar, multiplicar e povoar abundantemente a Terra: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre todo animal que se move sobre a face da terra.” Gênesis 1:28 A mesma ordem foi dada após o dilúvio: “Mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela.” Gênesis 9:7. Isto confirma o verdadeiro propósito de Deus de que a Terra nunca estivesse vazia, mas que sempre fosse habitada

DOUTRINA DA MORDOMIA DA CRIAÇÃO

A Relação que o homem deve estabelecer com a Terra e a Natureza

Os meios de comunicação tem incansavelmente noticiado matérias relacionadas ao desmatamento, à emissão de gases poluentes, pelas fabricas e automóveis, derretimentos das geleiras, e mudanças climáticas assustadoras o que é causa e efeito do aquecimento global, o qual tem sido tema de debates em diversos seguimentos da sociedade. O Greenpeace (ONG de ecologia), tem destaque mundial com suas manifestações publicas em defesa do planeta. Mas o que a igreja tem a dizer a esse respeito? O que se tem dito em relação ao cuidado com a natureza: plantas, animais e o homem. Nesta lição não nos estenderemos a falarmos sobre a criação no sentido lato da palavra, mas limitar-nos-emos a terra com seus habitantes.

1. Deus é o criador da Terra (Sl 24.1).
 - “No principio criou Deus [...] a terra”. Esta declaração que está registrada no livro de Gênesis, mostra-nos que Deus idealizou e criou planta e animal, bem como toda espécie de vida. Todas as coisas criadas foram feitas por intermédio de Cristo, Ele é o criador (Jo 1:3). a) Deu forma - Deus no principio da criação é quem dá forma e preenche o planeta. Neste processo podemos comparar a uma tarefa de um artesão, pois, “a terra era sem forma e vazia” (Gn 1:2). Após a modelagem Deus admira o que fez. b) Deu nomes - Deu nome à porção seca de terra e o ajuntamento de águas chamou de mar (Gn 1:10). O homem é trazido por Deus para denominar os animais, tendo o homem o direito de participar no processo de formação do planeta com sua biodiversidade (Gn 2:19). c) Deu Ordenou - Com o poder da palavra ele dá ordem para que: a terra, as águas e o homem produzissem e multiplicassem (Gn 1:11-12). Isto foi uma grande benção de Deus ao homem, bem como a toda criação. 

2. Deus é o Único proprietário de sua criação. - Há um pensamento errôneo que diz: “o mundo jaz no maligno, assim sendo não precisamos cuidar dele”; esta é uma mentira que tem influenciado a muitos cristãos hodiernos. A primeira parte da sentença é verdadeira e bíblica, entretanto o mundo que jaz no maligno (1 Jo 5:19) não é o planeta Terra, com o resto da criação, mas sim o sistema maligno que rege a humanidade. A Terra não pode ser de Deus e do Diabo, portanto Deus é seu único dono (Sl 24:1-2; 1 Co 10:26). A Terra é a Terra de Deus.

3. Todo o que Deus criou é perfeito e bom. - “E viu Deus que era bom”. Um Deus que constrói com o cuidado de avaliar sua criação, não se sentiria contente em ver o fruto do seu trabalho, aquilo que ele julgou ser bom, sendo destruído pela ação do homem ou mesmo como conseqüência do pecado. A natureza revela Deus, ela não é má, pois tudo o que Deus criou é perfeito e bom, não há maldade na matéria com diz Norman L. Geisler “O mundo físico não é um mal para ser rejeitado; é um bem para ser desfrutado". Desfrutar com responsabilidade, não como algo descartável ou que se tira proveitos a exemplo de um máquina que produz e, cessando sua vida útil joga-se no canto.

4. A Terra foi dada a Adão como o seu meio ambiente. a) O que é meio ambiente - Meio ambiente é o lugar e suas condições que propiciam a existência e o desenvolvimento da vida. Assim sendo, meio ambiente não é apenas o lugar onde vivemos, mas um conjunto de fatores que envolvem lugar, condições e vida. Portanto, cuidar do meio ambiente é cuidar da vida. b) Adão em seu habitat - Já sabemos que a Terra pertence a Deus e ele pode fazer o que quiser com ela. Na criação “plantou o Senhor Deus um jardim” e deu ao homem (o meio ambiente de Adão). O homem foi criado como o mordomo da criação, o maior da casa entre todos os animais. (c) Crescei, multiplicai, enchei a terra. - Deus deu uma ordem ao homem e esta ordem foi obedecida. O homem cresceu, multiplicou-se, encheu a terra, espalhou-se por todos os lugares do planeta. Com a expulsão do Jardim do Éden, Deus não eximiu o homem de sua responsabilidade de cuidar da terra. Ela foi dada ao homem para cuidar e lavrar. (d) Na expressão “domine sobre...” (Gn 1:26). - Domine sobre revela que Deus dotou o homem de autoridade, com responsabilidade sobre a criação. Deus, portanto, passa ao homem a tarefa de manter o ecossistema funcionando perfeitamente. Esse domínio não é opressor ou mesmo destruidor, mas um domínio de mordomo, autoridade e o maior da criação na casa (planeta).

Desenvolvimento Sustentável

1. O dever do homem de cuidar da Terra. Na condição de Mordomo o homem deve cuidar daquilo que Deus lhe deu. Certamente não poderemos cuidar sozinhos de todo o planeta, mas podemos cuidar do nosso jardim. O lugar onde estamos plantados, nossa cidade, nosso bairro, nossa rua, nossa casa. a) Animais - Entendamos desenvolvimento sustentável como a utilização dos recursos naturais para suprir a nossa necessidade sem comprometer a geração futura. O que nossa geração tenta buscar como proteção do meio ambiente através do desenvolvimento sustentável, Deus já prescrevera a nação de Israel. (Dt 22:6-7). b) Vegetais - Deus faz questão de dizer ao homem que estavam à sua disposição todas as ervas, bem como o fruto de todas as arvores que produzissem semente (Gn 1:29). Isto revela uma preocupação com o mantimento da vida em todos os sentidos, tanto do homem que se alimentaria do fruto das arvores, assim como a preservação da vida das plantas, que futuramente poderiam continuar a existir para alimentá-lo. O que aconteceria se o homem comesse apenas os frutos das arvores que não produzissem semente, será que ainda existiria vida humana?

2. Cuidar do meio ambiente é:

a) Não jogar lixo nas vias públicas;
b) Consumir alimento de fontes renováveis;
c) Não pescar os peixes em época de desova;
d) Cuidar dos rios;
e) Cuidar do ar (reduzindo a emissão de gases poluentes);
f) Reduzindo o consumo de energia elétrica (na utilização e na compra de equipamentos eletroeletrônicos);
g) Participar e incentivar a coleta seletiva;

Não é impossível, nem tampouco difícil cuidarmos do planeta, cada um de nós deve fazer o que nos cabe; pequenos gestos podem ter grande resultados se todos fizerem. Somos mordomos de Deus, responsáveis pela manutenção e cuidado da terra com toda a espécie de vida. Não somos donos da terra; ela pertence a Deus e ele nos deu para morarmos e cuidarmos enquanto aqui estivermos. A responsabilidade de cuidar do meio ambiente vai mais além do que uma simples responsabilidade social, como a preocupação com as gerações futuras; há também implicações espirituais. Deus irá requerer de nossas mãos tudo o que ele nos deu para administrarmos.

O FUTURO DA CRIAÇÃO

A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém celeste, é o lugar que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as coisas, estejamos eternamente com Ele. Apocalipse 21.1, fala de um novos céus e uma nova terra. A Terra atual será purificada pelo fogo (II Pe 3.10). Isso, para acabar com os vestígios da velha criação, estabelecendo-se uma nova ordem. Na nova situação, os homens viverão absolutamente tranquilos, pois ninguém sofrerá com: (a) lágrimas (Ap 21.4); (b) morte (Ap 21.4); (c) enfermidade (Ap 21.4); (d) maldição (Ap 22.3); (c) noite (Ap 22.5). E, sim, permanecer na companhia de nosso Senhor Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos!


FONTES DE PESQUISA

http://www.ps.josiel.nom.br/2008/03/mordomia-da-criao.html

http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=18

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