Lição 05 - Todos Estão Sujeitos a Conflitos

"Porque e a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte". Romanos 8.2
Texto Bíblico Básico
Romanos 7.14-24
DE ONDE VEM OS CONFLITOS
Resultado de imagem para CONFLITO INTERIORVocê  deu uma resposta dura para sua (seu) esposa (esposo) hoje? Perdeu a paciência com seus filhos? Discutiu com seus pais ou com um colega de trabalho, ou ainda com um motorista no trânsito? Então você já conhece, por experiência própria, como são os conflitos entre as pessoas. Mas não se desespere! Isso apenas demonstra que você é um ser humano! Provavelmente isso ainda acontecerá outras vezes, mas o que fará a diferença é a forma como você irá lidar com isso.  Não existe ser humano neste planeta que não tenha se envolvido em algum tipo de conflito. Até mesmo Jesus teve que lidar com isso, não por causa do seu pecado, mas em razão do pecado de outros, que fizeram com que fosse rejeitado e incompreendido. Conflitos fazem parte de uma humanidade pecadora, e por isso precisamos saber como lidar com eles.  A Bíblia fala muita coisa sobre este tema, e não seria possível resumir todo o ensinamento bíblico em poucas palavras, mas creio que alguns princípios podem ser especialmente úteis para ajudá-lo com isso.
O EGOÍSMO É A ORIGEM DOS CONFLITOS
Tg 4.1,2 – “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? “Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem.”
A Bíblia é clara ao afirmar que os conflitos surgem dos desejos egoístas do coração. O ser humano é tão apegado aos seus próprios interesses que está disposto a “lutar” por eles, para que a sua vontade seja feita. Isso pode facilmente ser observado na prática. Quando o marido discute com a esposa porque ela apertou o tubo de pasta de dente no meio, ao invés de fazer da “forma certa”, que é apertar de baixo para cima, o que está por trás disso? É o desejo egoísta do marido de querer que as coisas sejam feitas do seu modo. Se o marido decidir amar a sua esposa e abrir mão de seu interesse, o conflito não ocorrerá.
2. Não tente mudar os outros.  O erro mais comum daqueles que se envolvem em conflitos é o de querer mudar os outros. “Eu estou certo e os outros estão errados, e por isso eu quero que eles mudem”. Esta é a típica atitude que faz com que o conflito aumente ainda mais. Quando queremos mudar o comportamento daqueles que nos incomodam, fazemos cobranças que apenas irritam as pessoas e criam um ambiente explosivo, no qual uma discussão pode começar facilmente. Não  é possível mudar os outros! A transformação pessoal é  responsabilidade de cada um diante de Deus, e não podemos entrar no coração de alguém e forçá-lo a mudar. Por isso, cuidado com suas palavras! Não pressione ou faça cobranças, mas apenas confronte o pecado amorosamente, lembrando-se que a mudança não depende de você.
3. Reconheça sua responsabilidade.  Nesta questão de conflitos, a tendência da maioria de nós é  achar que o problema está sempre no outro. É a chamada “síndrome de Adão”, o qual colocou toda a culpa de seu pecado em Eva: Gn 3.12 – Disse o homem: “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.  Esta atitude é muito comum. Ao invés de assumirmos nossas responsabilidades no conflito, insistimos em culpar o outro por nossas ações: “Eu perdi a paciência, mas foi ela quem me provocou”; “se você não tivesse feito isso, tudo seria diferente”; “você nunca está presente ou me apoia, por isso agi desta maneira”, etc. Quando fazemos isso, estamos deixando de reconhecer nossa responsabilidade. Isso é muito sério! Sem perceber a nossa culpa, não haverá  verdadeiro arrependimento e confissão, e sem isso, não haverá  perdão e restauração. A consequência disso é que as ofensas não tratadas irão se acumular a ponto de destruir os melhores relacionamentos (PV 17.14). Por isso, o conselho bíblico é claro: Pv 28.13 – “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.”
4. Busque mudar a si mesmo.  Ao invés de forçar a mudança nos outros, procure mudar a si mesmo! Com a ajuda de Deus isso é possível! Identifique qual é a sua responsabilidade no conflito. Lembre-se daquele velho ditado: “quando um não quer dois não brigam”. Isso significa que se o conflito aconteceu, é possível que você tenha alguma responsabilidade nele. Assim, veja qual é a sua parcela de contribuição e pense em como poderia reagir de forma diferente no futuro.  Suas palavras são agressivas? Lembre-se de Provérbios 15.1: “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”. Você vive mencionando os erros das pessoas, ao invés de esquecê-los? Lembre-se de Provérbios 17.9: “Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”. Você é arrogante e egoísta na forma em que trata o seu próximo? Lembre-se de Efésios 2.3: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”. Enfim, busque na Palavra de Deus orientações específicas sobre áreas que precisam ser transformadas para que não seja você aquele que começa o conflito, mas o que o termina.  Pv 20.3 – “É uma honra dar fim a contendas, mas todos os insensatos envolvem-se nelas.” 
COMO VENCER OS CONFLITOS
A luta que Paulo descreveu não é a luta de todo ser humano. Ela se refere especificamente ao “cabo de guerra” interior que existe no cristão. Visto que os seres humanos nascem em harmonia com os desejos da carne (Rm 8:7), é somente quando nascemos de novo pelo Espírito, que um conflito espiritual realmente começa a surgir (Jo 3:6). Isso não significa que os não cristãos nunca experimentam conflitos morais; eles certamente os experimentam. Mas, mesmo esse conflito, em última análise, é resultado da atuação do Espírito. A luta do cristão, no entanto, assume nova dimensão, porque o cristão tem duas naturezas que estão em guerra uma com a outra: a carne e o Espírito.

"Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a ela". (Rm 8:7) NTLH "O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito". (Jo 3:6)

Ao longo da história, os cristãos têm ansiado por alívio dessa luta. Alguns têm procurado pôr fim ao conflito se retirando da sociedade, enquanto outros têm afirmado que a natureza pecaminosa pode ser erradicada por algum ato da graça de Deus. Ambas as tentativas estão equivocadas. Embora certamente possamos subjugar os desejos da carne pelo poder do Espírito, o conflito continuará de várias formas, até que recebamos um novo corpo na segunda vinda de Jesus. Fugir da sociedade não ajuda porque, não importa aonde formos, levaremos a luta conosco até a morte ou a até a volta de Cristo.

Quando Paulo escreveu em Romanos 7 sobre o conflito interior nos cristãos como impedindo-os de fazer o que querem, ele estava enfatizando a total extensão desse conflito. Visto que possuímos duas naturezas, estamos literalmente nos dois lados da batalha ao mesmo tempo. Nossa natureza espiritual deseja o que é espiritual e detesta o que é carnal. Nossa natureza carnal, no entanto, anseia as coisas da carne e se opõe ao que é espiritual. Sendo que a mente convertida, por si mesma, é muito fraca para resistir à carne, a única esperança que temos de subjugar a carne é tomar uma decisão diária de nos colocarmos ao lado do Espírito contra nossa natureza pecaminosa. Por isso Paulo insistiu tanto em que os cristãos decidissem andar no Espírito. Com base em sua experiência da batalha entre essas duas naturezas, que conselho você daria para um cristão que esteja tentando resolver essa luta interminável contra si mesmo? 

Não existe nada mais difícil do que lutar contra alguém que não podemos ver. Como é complicado perseguir aquele que não enxergamos! Pior de tudo é descobrirmos que aquele o qual temos de vencer está dentro de nós. A situação se agrava ao tomarmos conhecimento de que teremos de lutar contra nós mesmos. O Salmo 55, de Davi, mostra bem essa batalha que ocorre em nossa vida: Pois não era um inimigo que me afrontava; então, eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido (Sl 55.12). Sempre que nos deparamos com problemas visíveis – inimigos que podemos ver –, procuramos o melhor meio para vencê-los. Isso pode acontecer no trabalho, na família, no escritório, na faculdade etc. Mas, se nossos problemas não podem ser vistos e tocados por estarem dentro de nós (como o medo, a ansiedade ou a saudade), o que devemos fazer para enfrentá-los? Davi era um homem de guerra, acostumado a superar grandes desafios: venceu o gigante Golias quando pessoa alguma teve coragem de lutar e também ganhou inúmeras batalhas; a Bíblia chega a dizer que ele era sempre vitorioso, pois o Senhor era com ele. Mas, quando Davi, o guerreiro e vencedor, foi traído pelo próprio filho, deparando-se com um problema interno – dentro de sua própria casa –, uma guerra se travou em seu íntimo, e podemos observá-lo proferindo as seguintes palavras: O meu coração está dorido dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram […] Pelo que disse: “Ah! Quem me dera asas como de pomba! Voaria e estaria em descanso. Eis que fugiria para longe e pernoitaria no deserto” (Sl 55.4-7). O conflito dentro de Davi era tamanho, que ele desejava sumir. Você já passou por isso? Já desejou alguma vez que o tempo voltasse? Glória a Deus, pois o final da história é maravilhoso. Davi mostra de que forma agiu para vencer esse conflito. Veja o que a Palavra declara: Livrou em paz a minha alma da guerra que me moviam (Sl 55.18). Percebemos que a guerra a qual Davi enfrentava estava em sua alma; era interna. Davi não somente venceu os próprios temores e conflitos, mas também deu uma orientação a todos aqueles que quiseram e querem vencer: “Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado” (Sl 55.22). Se você estiver em meio a grandes batalhas interiores, não pense que é inferior ou que o Senhor não é contigo. Grandes homens de Deus, no passado, vivenciaram isso também. O que precisamos é colocar os nossos olhos no Pai. Fazendo assim, olhando firmemente para a Sua Palavra, havemos sempre de vencer. Se não lhe bastar a orientação dada por Davi, então leia o que disse Pedro acerca do cuidado divino: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”(1 Pe 5.7).  Nunca se esqueça de que o Senhor está ao seu lado; não duvide de que, agindo de acordo com o que nos ensina a Palavra, você pode vencer tudo, inclusive aquilo que é invisível – medo, ansiedade, mágoas e quaisquer outros sentimentos que lutam contra você, a fim de deixá-lo abatido ou fraco.  Firme-se na Palavra de Deus e verá que “a paz do Senhor, que excede todo o entendimento, guardará seu coração e seus sentimentos” (Fp 4.7).
FONTES DE PESQUISA
https://saldaterraeluzdomundo.wordpress.com/2011/11/24/vencendo-os-conflitos/
http://bibliafala.blogspot.com.br/2011/12/o-conflito-do-cristao.html

Comentários


  1. Estes estudos estão sendo de grande valia na minha igreja. Deus o abençoe por esta disposição.

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